UNIVERSIDADE
METROPOLITANA DE SANTOS
NÚCLEO
DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FACULDADE
DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PÓS-GRADUAÇÃO
Curso de Pós-Graduação em
Docência e Pesquisa no Ensino Superior
Orientando:
Álaze Gabriel Gifted
Orientadora:
Professora Doutora Mariângela Camba
OS
TRÊS PILARES DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: O ENSINO, A PESQUISA E
A EXTENSÃO
RESUMO
O
artigo busca contribuir com uma reflexão sobre o ensino, a pesquisa
e a extensão, enquanto pilares da docência no ensino superior.
Busca ressaltar a indissociabilidade entre eles para a adequada
formação do acadêmico. Realiza um levantamento bibliográfico e
documental, coletando dados de livros, de documentos legislativos e
de periódicos científicos atualizados da área educacional. Conclui
que o ensino, a pesquisa e a extensão são pilares indissociáveis,
porém distintos, visto que cada um tem seu próprio foco e suas
próprias formas de se fazerem presentes na vida acadêmica. Por essa
razão, exige ao orientador acompanhar, facilitar e aproximar o
desenvolvimento das capacidades professoral, de produção científica
e profissional do acadêmico, propiciando-lhe a universalidade do seu
campo de atuação, ou seja, uma visão ampliada dos horizontes da
sua profissão. Por fim, ressalta-se que o presente estudo não
exaure o tema, ou seja, existe margem para ulteriores
aprofundamentos.
PALAVRAS-CHAVE:
Docência no ensino superior. Ensino. Pesquisa. Extensão.
1.
INTRODUÇÃO
Este
artigo tem como tema o ensino, a pesquisa e a extensão na atividade
docente no ensino superior, que é complexo de ser trabalhado porque
envolve não somente aspectos técnicos e metodológicos, mas também
humanos, haja vista que o seu centro é a relação existente entre
orientando e orientador (FREIRE, 2003; COSTA; SOUZA; SILVA, 2014).
Esse
tema se justifica por dois fatores: a) a importância da
indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão; b) a
necessidade da articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão.
Consoante a literatura crítica sobre o tema aponta e meus cinco anos
de estudos e convivências universitárias corroboram, o orientador
cumpre - e precisa cumprir – variados papéis e responsabilidades
no fito de ajudar os seus discentes a desenvolver as suas capacidades
professoral, científica e profissional (COSTA; SOUZA; SILVA, 2014;
MOCELIN, 2009).
A
questão que move essa pesquisa é compreender quais os caminhos para
adequar o ensino, a pesquisa e a extensão, de modo a atrelá-los de
modo indissociável no processo de formação do acadêmico.
Entretanto, a prática docente no ensino superior se defronta com o
problema da imensa dificuldade da articulação entre esses três
pilares, razão da escolha desse tema para discussão no presente
artigo. Desse modo, o presente artigo objetiva apresentar, com base
em um levantamento bibliográfico e documental, a importância da
indissociabilidade e a necessidade da articulação entre eles.
Para
tanto, foram selecionados onze artigos científicos publicados
periódicos em científicos atualizados da área educacional, três
livros (ALVES; LOCCO, 2009; FREIRE, 2003; MORAN; HARRIS; STRIPP,
1996), e alguns documentos sobre o tema publicados em sites
universitários (BRASIL, 2015).
Para
a escolha das fontes selecionadas foram considerados os seguintes
critérios: conteúdo: a) conteúdo específico da legislação
educacional, e das condições socioeconômicas em que a educação
atual se encontra inserida; b) conteúdo pertinente e atualizado de
artigos científicos publicados nos últimos cinco anos em periódicos
científicos da área; c) viabilidade de acesso e análise dos
materiais selecionados. Todas as fontes foram observadas; os dados
foram coletados, organizados, sistematizados, analisados, e
apresentados de acordo com os procedimentos técnicos de pesquisa
para levantamento bibliográfico e documental apresentados por Gil
(1999; 2010) e Marconi e Lakatos (2007).
A
docência no ensino superior implica uma atuação profissional
contínua repleta de atividades de ensino, de pesquisa e de extensão,
as quais se entrelaçam intimamente no processo de aprendizagem
(BRANDT e LAROCCA, 2009). O ensino, a pesquisa e a extensão, embora
distintos entre si, são indissociáveis, de tal modo que Brandt e
Larocca (2009, p. 149) pontuam:
[…]
o ato de pesquisar implica um processo de aprendizagem intenso e
criativo. A esse respeito, é necessário lembrar que, para muitos
mestrandos, a pós-graduação representa o primeiro contato com as
exigências próprias da pesquisa científica. Não se ignora que, em
nossa realidade, a escolaridade de grande parte dos alunos é pautada
pela mera transmissão/reprodução de conhecimentos e que muitos
estudantes chegam à pós-graduação inibidos quanto às suas
possibilidades criativas. Some-se a isso o fato de que a iniciação
científica (IC), em nosso País, é ainda precária, com um número
de bolsas insuficientes, alunos trabalhadores, docentes do ensino
superior desinteressados pela pesquisa, entre outros problemas. Tudo
isso faz com que a grande maioria dos mestrandos tome contato com a
pesquisa científica e suas exigências pela primeira ou, no máximo,
segunda vez, de modo que o processo de aprender a produzir
conhecimentos, nesse contexto, nem sempre é tranquilo. Emerge daí a
premência em criar um intenso e eficiente processo de
problematização e aprendizagem da pesquisa propriamente dita.
[…]
Esse diferencial fica bem claro nas Diretrizes Curriculares Nacionais
dos Cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em que
se coloca “a pesquisa, com foco no processo de ensino e de
aprendizagem, uma vez que ensinar requer tanto dispor de
conhecimentos e mobilizá-los para a ação como compreender o
processo de construção do conhecimento”. Isso implica que a
pesquisa seja diferenciada: no sentido de investigação da própria
prática, princípio educativo, e no sentido de produção de
conhecimento novo, princípio científico.
Entretanto,
com base na literatura crítica do tema e no que se observa nos
campus universitários de um forma geral, essa temática, embora
amplamente difundida na legislação educacional e nos documentos
produzidos pelo Governo Federal, CNE, MEC, IES, e por Fóruns de
Pró-reitores dessas áreas acadêmicas, mas ainda pouco efetivada em
termos de ações articuladoras entre essas instâncias acadêmicas
(DIAS, 2009; COSTA et
al,
2014; MOITA; ANDRADE, 2009).
Ao
longo da história da humanidade, o ensino superior passou por várias
mudanças a fim de se adequar à realidade temporal e espacial.
Inobstante, atualmente, devido ao cenário cada vez mais globalizado,
dinâmico e complexo em que vivemos, as Instituições de Ensino
Superior (IES) têm se concentrado, desde inícios da década de
1990, em implementar medidas de internacionalização, por meio de
atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, entre as quais se
destacam no âmbito institucional:
[...]
a criação de comissões de cooperação internacional, a adaptação
dos recursos humanos, a celebração de convênios de cooperação
internacional e as medidas informativas. Além disso, há medidas
comuns de caráter acadêmico, entre as quais se destaca o
estabelecimento de linhas de pesquisa para a construção de centros
de referência em pesquisa, a organização de bibliotecas de alto
padrão, bem como a inserção de disciplinas e a realização de
outras atividades de ensino e pesquisa em idiomas estrangeiros
(MARRARA; RODRIGUES; 2009, p. 124).
O
ensino superior brasileiro busca articular atividades de ensino,
pesquisa e extensão, tentando, por meio delas, fornecer uma formação
sólida, humanizadora e capaz de gerar agentes de transformação
social. Tais atividades consistem no caminho que o docente do ensino
superior precisa seguir para propiciar o efetivo aprendizado aos seus
discentes, concedendo-lhe a compreensão de todas as dimensões de
sua profissão, ou seja, a universalidade do seu campo de atuação
(COSTA et
al,
2014; MORAES, 1998; MOITA; ANDRADE, 2009).
O
ensino, a pesquisa e a extensão constituem, desse modo, os três
pilares da docência no ensino superior, de modo que, hoje, o
professor é, não apenas um reprodutor de conhecimentos, mas um
agente de transformação social que gera, ou forma, outros agentes
de transformação social (SOUZA, 2006).
Este
artigo foi organizado em três capítulos. O primeiro se refere à
introdução, na qual são apresentados o tema, a justificativa, o
problema, os objetivos, a contribuição, a metodologia, o percurso
do aluno, o referencial teórico, e a organização do Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC). O segundo capítulo se refere ao
desenvolvimento, o qual foi subdividido em três tópicos, um
abordando o ensino, outro a pesquisa, e outro a extensão, como
pilares da docência no ensino superior. No terceiro capítulo, por
sua vez, são apresentadas as considerações finais.
2.
OS TRÊS PILARES
2.1
O ensino: foco no desenvolvimento da capacidade professoral
Longe de ser uma educação bancária,
pautada na mera transmissão ou reprodução de conhecimentos, o
orientador é aquele que ensina, pesquisa e aproxima os seus
orientandos da realidade da sua profissão. A tarefa de orientação
exige, para tanto, a participação de ambos em atividades de ensino,
de pesquisa e de extensão, que articulem a teoria e a prática dos
conteúdos aprendidos no ambiente acadêmico com a teoria e a prática
dos conteúdos aprendidos no ambiente profissional (COSTA; SOUZA;
SILVA, 2014; FREIRE, 2003).
Desse modo, a Instituição de Ensino
Superior (IES) precisa gozar de estrutura e funcionamento adequados,
isto é, que sejam capazes de fornecer ao acadêmico atividades em
que ele possa desenvolver a sua capacidade professoral (de ensino), a
sua capacidade de produção científica (de pesquisa) e a sua
capacidade profissional (de extensão). Neste diapasão, na busca da
universalidade de campo, isto é, na compreensão de todas as
dimensões de profissão em que o acadêmico é formado, é que as
IES integram as atividades de ensino, de pesquisa e de extensão
(MORAES, 1998; MOITA; ANDRADE, 2009).
São
variados e complexos os papeis do docente no ensino superior. Ele
precisa atuar como professor, como pesquisador e, concomitantemente,
como profissional da sua área de formação e de docência (COSTA;
SOUZA; SILVA, 2014). Então, para a adequada formação do acadêmico,
ao professor orientador incumbe ouvir, encorajar o debate, fornecer
feedback
contínuo ao aluno, demonstrar atenção e respeito, e se entusiasmar
com o processo de orientação (COSTA; SOUZA; SILVA, 2014). Sobre
esses aspectos, Costa, Souza e Silva (2014, p. 826, p. 827 e p. 833)
pontuam:
[...]
A orientação de mestrandos e doutorandos é um dos requisitos
fundamentais do desenvolvimento científico e tecnológico e do
sucesso da formação pós-graduada. A depender do modelo de formação
e do curso, o orientador é a principal referência de formação do
aluno ao longo de todo o percurso acadêmico (há programas que já
definem o orientador antes ou logo após o processo seletivo,
enquanto outros protelam a definição do orientador para momentos
posteriores). Isso torna o orientador, em algumas circunstâncias,
mais decisivo para o sucesso do discente do que outros elementos do
processo de formação de mestres e doutores (como estrutura física,
projetos acadêmicos, etc.). […] Nessa perspectiva, o trabalho
docente envolve um conjunto de elementos que se inter-relacionam:
contexto sócio-histórico particular, sistema educacional, sistema
de ensino, professor, objeto de ensino, "outros" (colegas
de trabalho, alunos...) e artefatos simbólicos ou materiais. [...]
Essa
perspectiva amplia o papel da orientação para além da elaboração
do trabalho final e passa a estar vinculada também à visão do
orientador como um conselheiro ou mentor acadêmico, em alinhamento
com o que pensam Gardner e Barnes (2014). [...]
O
ensino objetiva o desenvolvimento da capacidade professoral do
acadêmico. Envolve, portanto, sua capacidade de acompanhar outros
acadêmicos, quer presencialmente (hands
on)
quer à distância (hands
off),
mantendo diálogos teóricos e metodológicos com frequência
suficiente para a adequada elaboração dos trabalhos científicos
dentro dos seus respectivos prazos (COSTA et
al,
2014; COSTA; SOUZA; SILVA, 2014).
O
docente da educação superior precisa desenvolver nos seus
orientandos competências centrais necessárias à sua futura atuação
quais professores, pesquisadores e profissionais da área. Para
tanto, tais são as competências centrais: saberes de conteúdo
substantivo da área de concentração e da linha de pesquisa;
saberes epistemológicos e metodológicos; saberes de prática
docente; saberes de prática de pesquisa, e, por fim, saberes de
produção escrita (COSTA; SOUZA; SILVA, 2014). Nessa perspectiva, é
necessário ampliar a discussão a respeito da responsabilidade do
orientador, consoante Costa, Souza e Silva (2014, p. 833 e p. 834)
assinalam:
A
formação do pesquisador está vinculada à capacidade de
planejamento e à operacionalização de uma pesquisa acadêmica, não
apenas de conhecimento de paradigmas epistemológicos e procedimentos
metodológicos, mas também da vivência da prática da pesquisa. A
formação do pesquisador doutor pode envolver igualmente a
compreensão da estrutura e do funcionamento de grupos de pesquisa, o
gerenciamento de projetos de pesquisa e a avaliação da capacidade
de orientação de trabalhos de conclusão de curso;
A
formação do professor doutor deve ser entendida como uma das
responsabilidades centrais da orientação, uma vez que o mestrando
ou doutorando em processo de formação precisa desenvolver os
saberes da prática de ensino, atividade que certamente será uma de
suas principais responsabilidades ao longo de sua carreira. Isso
demanda não apenas o acompanhamento de atividades de estágio de
docência, como pode levar o orientando a refletir sobre como essa
prática deve ser conduzida pelo futuro professor, mestre ou doutor;
Por
fim, a formação do profissional, pois o futuro mestre ou doutor,
embora venha a atuar como docente, deve conhecer o espaço de
exercício em que atuarão os seus alunos. Por exemplo, um futuro
professor de Marketing precisa ter vivido, ainda que por pouco tempo,
o universo da atuação profissional da área. Isso demanda o
desenvolvimento da capacidade de reflexão na e sobre a ação,
fundamentada em um conjunto de pressupostos teóricos que promovam a
reflexão e/ou transformação nas perspectivas de significado do
aluno em processo de formação sobre seu trabalho.
Inobstante,
no que concerne à operacionalização do trabalho de orientação
de mestrandos e doutorandos, o estudo de Costa, Souza e Silva (2014,
p. 841 e p. 842) sugere o seguinte framework:
MODELO
DE TRABALHO DE ORIENTAÇÃO
|
||
Fase
|
Características
da orientação
|
Atividades
demandadas
|
Mestrado
|
||
1ª
(primeiro semestre)
|
Hands
on
(acompanhamento próximo);
Reuniões
mensais;
Diálogos
teóricos e sobre o campo.
|
Relatos
verbais das atividades de formação;
Participação
em atividades de grupos de pesquisa;
Participação
em eventos comunicativos do campo.
|
2ª
(segundo semestre)
|
Hands
on;
Reuniões
mensais;
Diálogos
teóricos e sobre o campo;
Aproximação
da pesquisa.
|
Relatos
verbais das atividades de formação;
Participação
em atividades de grupos de pesquisa;
Participação
em eventos comunicativos do campo;
Fechamento
do escopo da pesquisa e produção de gêneros acadêmicos.
|
3ª
(terceiro semestre)
|
Meio-termo
entre hands
on
e hands
off (acompanhamento
distante);
Reuniões
semanais ou quinzenais;
Envolvimento
na elaboração de artigos;
Discussão
da prática docente e profissional;
Foco
na pesquisa final.
|
Relatos
verbais das atividades de formação;
Participação
em atividades de grupos de pesquisa;
Participação
em eventos comunicativos do campo;
Produção
de conteúdo da pesquisa e produção de artigos, além de
desenvolvimento do estágio de docência.
|
4ª
(quarto semestre)
|
Meio-termo
entre hands
on
e hands
off;
Reuniões
semanais ou quinzenais;
Envolvimento
na elaboração de artigos;
Discussão
da prática docente e profissional;
Foco
na pesquisa final.
|
Relatos
verbais das atividades de formação;
Participação
em atividades de grupos de pesquisa;
Participação
em eventos comunicativos do campo;
Produção
de artigos, fechamento da pesquisa e defesa de trabalho final.
|
Doutorado
|
||
1ª
(primeiro ano)
|
Hands
off;
Reuniões
mensais ou bimestrais;
Diálogos
teóricos e sobre o campo.
|
Relatos
verbais das atividades de formação;
Participação
em atividades de grupos de pesquisa;
Participação
em eventos comunicativos do campo;
Produção
de artigos, fechamento da pesquisa e defesa de trabalho final.
|
2ª
(segundo ano)
|
Meio-termo
entre hands
on e
hands
off;
Reuniões
quinzenais ou mensais;
Envolvimento
do aluno em artigos;
Início
de atividades em torno da pesquisa.
|
Relatos
verbais das atividades de formação;
Participação
em atividades de grupos;
Participação
em eventos comunicativos do campo;
Fechamento
do escopo da pesquisa e produção da pesquisa e produção de
artigos.
|
3ª
(terceiro e quarto anos)
|
Hands
off;
Reuniões
mensais ou bimestrais;
Diálogos
teóricos e sobre o campo;
Foco
no trabalho da pesquisa.
|
Relatos
verbais das atividades de formação;
Participação
em atividades de grupos;
Participação
em eventos comunicativos do campo;
Produção
da pesquisa, produção de artigos e experiência de ensino
externa (potencialmente internacional);
Fechamento
da pesquisa e defesa de trabalho final.
|
Fonte:
COSTA, SOUZA e SILVA (2014, ps. 841 e 842).
Com
base em tais pressupostos, percebe-se que a atividade de orientação
é um processo complexo e árduo, que exige cooperação e esforço
tanto do orientador quanto do orientando. A proximidade, a
periodicidade e o grau de significância dos diálogos entre eles são
determinantes para o avanço adequado dos projetos de pesquisa, para
o desenvolvimento das capacidades do acadêmico e para o bom
andamento das demais atividades acadêmicas.
2.3
A pesquisa: foco no desenvolvimento da capacidade científica
A
ciência tem avançado no compasso do produto de equipes de
pesquisadores com grande capacidade criativa e com uma rotina de
trabalho altamente disciplinada e especializada (MOCELIN, 2009). Por
essa razão, a carreira científica tem se tornado cada vez mais
promissora, mais reconhecida tanto pela comunidade acadêmica quanto
pelo público em geral.
Pesquisar
transcende o ler e escrever bem, embora essas operações sejam
fundamentais para a adequada operacionalização das investigações
científicas. Pesquisar envolve o pensar estruturado, a reflexão
crítica construtiva, a responsabilidade social, a adequada gestão
dos recursos e a ética. Ser pesquisador é ser agente produtor de
conhecimento confiável e transformador da comunidade ao nosso redor
(MARCONI; LAKATOS, 2007; GIL, 1999; 2010). Elucidando alguns dos
aspectos mais importantes do fazer científico, Mocelin (2009, p. 43)
assinala:
[...]
O modelo mertoniano reflete uma prática plena do fazer científico,
mais no sentido de como essa deveria ser do que no sentido de como
ela é. Na visão desse autor, o amor à ciência é um elemento
básico, que deve marcar presença em todas as ações dos
praticantes, embora não se confunda com altruísmo, da mesma forma
que ação interessada não é sinônimo de egoísmo. Trata-se de
paixão pelo conhecimento, curiosidade intelectual, interesse pelo
destino da humanidade. É a conscientização de que é não-ético
executar investigações científicas exclusivamente por dinheiro ou
para garantir posição social, embora não o seja a busca por
reconhecimento científico.
A
carreira científica de um acadêmico começa quando ele começa a
pesquisar. A pesquisa objetiva o desenvolvimento da sua capacidade
científica. Compreende a sua capacidade de produção oral e escrita
de diferentes gêneros acadêmicos, sua capacidade crítico-reflexiva
no processo de investigação científica, sua participação
contínua e significativa em eventos científicos e sua capacidade de
orientar outros acadêmicos de modo equivalente (COSTA; SOUZA; SILVA,
2014; COSTA et
al,
2014).
A
expansão dos grupos de pesquisa e a intensificação da concorrência
entre os pesquisadores culminaram no aumento da quantidade de
pesquisadores no Brasil bem como em melhorias qualitativas da
pesquisa, o que retrata, indubitavelmente, um avanço da pesquisa
científica brasileira. Essas ideias são corroboradas por Mocelin
(2009, p. 60 e 61) com os seguintes dizeres:
O
crescimento do número de pesquisadores no Brasil, a intensificação
da concorrência entre os pesquisadores e a expansão de grupos de
pesquisa são fenômenos correlatos. A formação de grupos de
pesquisa entre os anos 1990 e 2000 não é um fenômeno restrito a
algumas áreas específicas do conhecimento, mas antes um fenômeno
que agrega a “comunidade científica” brasileira como um todo.
Mesmo que haja diferenças históricas que acompanham a gênese de
cada grande área do conhecimento, não é possível negar que há
uma tendência comum na comunidade nessa passagem de século. Não é
possível avaliar se essa é uma mudança definitiva, tão pouco se é
uma mudança negativa ou positiva.
A
ideia de que houve uma mudança em termos quantitativos é
inquestionável, mas não se pode negar que ocorreu também uma
mudança qualitativa, tanto na organização da ciência, no Brasil,
como também na sua prática. O crescimento do número de
pesquisadores provocou significativo aumento da concorrência entre
eles pelo crédito científico, pelo reconhecimento e pelos recursos
para a pesquisa. Não se defende a ideia de que esse modo de
concorrência seja um modo adequado para o campo científico, mas que
esse novo modelo, criado pelos pesquisadores enquanto uma reação às
alterações nas condições do campo científico, gerou resultados
positivos. Os estudantes que são iniciados sob essa nova realidade
assimilam a organização em grupos como parte do fazer científico.
As novas gerações já nascem sob as condições de concorrência e
não sofrem com tal condição da mesma maneira como as gerações
precedentes, que viveram dramática reestruturação do campo.
No
Brasil, a pesquisa começou a ser institucionalizada com a Reforma
Universitária de 1968 e prosseguiu nas décadas seguintes com a
criação de instituições de fomento à pesquisa e à inovação
tais com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), criada em 1951, a Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo (FAPESP), criada em 1960, e o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), criado
em 1992. São esses os aspectos pontuados por Mocelin (2009, p. 46)
no seguinte trecho:
A
estrutura decisória para a pesquisa nas instituições brasileiras
data dos anos 1950, tomando impulso com a Reforma Universitária de
1968. Franco e Morosini (1992), por exemplo, explicam que, no
decorrer da década de 1960, militares tomaram o poder, tendo como
princípios a segurança e o desenvolvimento, visando a modernização
e a internacionalização da economia através de políticas que
incluíam planos de ciência e tecnologia. Pode-se notar isso nos
planos globais (PND's) e setoriais (PBDCT's, PNG's) oriundos do
Sistema de C&T, bem como os do Ministério da Educação. O
último foi diretamente responsável pela Reforma Universitária (Lei
nº 5540, 1968), que mudou a estrutura da universidade brasileira,
introduzindo a ligação entre a pesquisa e o ensino, o conceito de
departamento semelhante aos das univsersidades americanas, os
conselhos acadêmicos disseminados em todos os níveis institucionais
e o plano de carreira do professor universitário. Leite e Morosini
(1992) afirmam que a política governamental de modernização se
refletiu no incentivo ao desenvolvimento da ciência e tecnologia,
que teve seu auge nos anos 1970, através do fomento, nas
universidades, ao implantado segundo moldes das universidades
norteamericanas, na verdade seguia o modelo humboldtiano ou de
produção do conhecimento, tão bem desenvolvido nos países do
primeiro mundo.
Em
1992, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), em ação conjunta com o Ministério de Ciência
e Tecnologia (MCT), desenvolveu o Diretório de Grupo de Pesquisa no
Brasil (DGPB/CNPq) e elegeu o grupo de pesquisa como unidade
elementar desse diretório. O objetivo do DGPB era a constituição
de um sistema de informação sobre a atividade de pesquisa
científica e tecnológica no âmbito de universidades e institutos
de pesquisa, com cobertura nacional. O DGPB contém informações
sobre os grupos de pesquisa em atividade no País, teno um caráter
censitário - e estava na sua concepção proporcionar o
estabelecimento de um sistema de informações sobre a pesquisa
científica e tecnológica, pretendendo fornecer um mapeamento
periódico da organização e da trajetória da pesquisa no País.
[...]
Esse processo pode ser compreendido sob diversas circunstâncias
institucionais, tais como a implementação de instâncias
decisórias, a criação de agências de fomento e de mecanismos de
socialização da pesquisa, a formalização de comissões de
pesquisa nas instituições e os focos ou interesses de pesquisa
propriamente ditos.
Hoje,
os pesquisadores contam com certo auxílio público para o
financiamento do desenvolvimento dos seus projetos, mas ainda é
bastante difícil a sua obtenção face à grande concorrência dos
candidatos a bolsas de estudo. Quanto ao acesso aos programas de
pós-graduação stricto sensu, esse ainda é um privilégio de uma
pequena parcela da sociedade favorecida socioeconomicamente, sendo
que os negros, os índios e os deficientes continuam, infelizmente,
subrepresentados nos cursos de mestrado e de doutorado (MOCELIN,
2009).
2.4
A extensão: foco no desenvolvimento da capacidade profissional
A
extensão objetiva o desenvolvimento da capacidade profissional do
acadêmico, articulando os conteúdos aprendidos e praticados no
âmbito acadêmico com aqueles aprendidos e praticados no dia a dia
profissional. Tal capacidade é desenvolvida mormente por meio de
estágios profissionais obrigatórios à integralização dos
créditos do curso, mas também por meio de atividades
socioeducativas (minicursos, cursos, palestras, disciplinas ACIEPES,
etc.) e socioculturais (exposições, museus, teatros, concertos,
excursões, etc.) (MORAES, 1998; MOITA; ANDRADE, 2009).
Percebe-se,
desse modo, que, enquanto os estágios inserem o acadêmico no dia a
dia da profissão em que se forma, as atividades socioeducativas e ou
socioculturais visam aproximá-lo da realidade dessa vivência
profissional, abrindo, então, as portas para o seu diálogo direto e
ativo com a(s) comunidade(s) ao redor (COSTA et
al,
2014; COSTA; SOUZA; SILVA, 2014; MOITA; ANDRADE, 2009).
No
processo de formação da profissão do acadêmico, a extensão e o
ensino não são acessórios à pesquisa. A sua relevância social
jamais existe sem as primeiras. Salientando esses aspectos, Moita e
Andrade (2009, p. 279):
[...]
A extensão e o ensino são são acessórios à pesquisa, mas
continuações naturais dela, se a produção científica do
conhecimento quiser ser efetiva e intervir para modificar a realidade
estudada - voltando a enriquecer-se, nesse processo, por dela
alimentar-se continuamente. Donde não haver relevância social da
pesquisa sem a indissociabilidade.
Por
meio das atividades de extensão, o acadêmico é colocado no âmago
da sua profissão. Operacionaliza funções inerentes a ela.
Vivencia, ainda que em partes e provisoriamente, o dia a dia da
carreira profissional que desenha para si. Daí a importância das
atividades extracurriculares de uma forma geral durante toda a
formação acadêmica, consoante apontado por Moraes (1998, p. 3):
[...]
Mas significa, necessariamente, que deve contemplar, inclusive e
sobretudo na grade curricular dos cursos existentes, essa
universalidade de campo. Mas deve-se destacar aqui que, para a
efetivação dessa possibilidade de acesso a todas as dimensões do
conhecimento e da cultura, não contribuem apenas grades curriculares
ricas e diversificadas. É também importante, na formação global
dos estudantes universitários, o papel dos convênios, das
parcerias, dos intercâmbios, das publicações, dos eventos
culturais, dos cursos especiais, das atividades extracurriculares
enfim.
Os
estágios profissionais cumprem, desse modo, o papel articulador
entre as teorias e as práticas vivenciadas tanto no mundo acadêmico
quanto no mundo profissional. Ressalta, contudo, que a extensão pode
se mesclar com o ensino, como, por exemplo, no estágio de docência,
no qual o acadêmico desenvolve tanto a sua capacidade professoral
quanto a sua capacidade profissional, visto que é a carreira docente
que almeja seguir (MOITA; ANDRADE, 2009; MORAES, 1998).
Dada
a imensa importância das atividade extensionistas na formação de
um acadêmico não somente enquanto um profissional mas também
enquanto um ser humano digno, crítico e construtivo, a extensão
ganhou destaque no campo das discussões sobre a docência. Por essa
razão, visando a articulação e definição de políticas
acadêmicas de extensão, comprometido com a transformação social
para o pleno exercício da cidadania e o fortalecimento da
democracia, foi criado e implementado o Fórum de Pró-Reitores de
Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (FORPROEX), no dia
06 de novembro de 1987 durante o I Encontro Nacional de Pró-Reitores
de Extensão das Universidades Públicas, realizado em Brasília
(BRASIL, 2015).
3.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão, é inegável
e unanimemente defendida pela literatura crítica do tema. Por essa
razão, o docente da educação superior precisa articular vários
saberes, dentre eles o ensinar, o pesquisar e o avaliar. Os três
pilares juntos visam aproximar, articular e integrar as realidades
acadêmica e socioeconômica, de modo que os conteúdos fornecidos na
formação acadêmica de uma profissão seja capaz de solucionar os
problemas e os conflitos a ela inerentes em todos os campos da vida
social. Visam alcançar a universalidade de campo, de modo que o
egresso consiga enxergar a sua profissão como que do pico de um
monte, compreendendo todas as suas dimensões.
Constato
que a necessidade da articulação entre teorias e práticas
condizentes com uma realidade cada vez mais complexa devido à
internacionalização da educação e da cultura bem como da
globalização da economia, da política e da tecnologia, culminou em
ações integradas de ensino, de pesquisa e de extensão, por parte
das Instituições de Ensino Superior (IES), capazes de fornecer ao
acadêmico o desenvolvimento dos conteúdos conceituais,
procedimentais e atitudinais necessários à sua profissão.
O
ensino, a pesquisa e a extensão, são componentes distintos, mas
indissociáveis, da docência no ensino superior, cada um focado no
desenvolvimento de uma capacidade específica do acadêmico,
necessária à completude de sua formação.
O
foco do ensino é o desenvolvimento da capacidade professoral do
acadêmico, que envolve, não meramente a transmissão ou a
reprodução do conhecimento, mas um acompanhamento do discente
buscando facilitar o seu aprendizado, aproximando-o da realidade da
sua profissão.
O
foco da pesquisa é o desenvolvimento da capacidade científica do
acadêmico, que envolve, refletir criticamente, produzir oralmente e
por escrito diferentes gêneros acadêmicos, participar ativamente em
eventos científicos e transformar para melhor a sua comunidade.
O
foco da extensão é o desenvolvimento da capacidade profissional do
acadêmico, que envolve, a sua inserção no dia a dia da sua
profissão, por meio de estágios profissionais, por exemplo, ou de,
pelo menos, a sua aproximação dessa realidade, por meio de
atividades socioeducativas e ou socioculturais.
Considero
que vale ressaltar que a pesquisa é considerada por muitos
pesquisadores como sendo superior ao ensino e à extensão. Nesse
caso, o estágio de docência consiste numa oportunidade fecunda para
o exercício da indissociabilidade entre os três. Contudo, não há
superioridade de uma para com as outras, assim como não há
superioridade nas colunas que sustentam uma edificação, visto que
sem qualquer uma delas a edificação fica fragilizada e sucumbe.
Constato,
por fim, com base na literatura crítica analisada, que a temática é
amplamente difundida na legislação educacional e nos documentos
produzidos pelo Governo Federal, CNE, MEC, IES, e por Fóruns de
Pró-reitores dessas áreas acadêmicas, porém ainda pouco efetivada
em termos de ações articuladoras entre essas instâncias
acadêmicas.
Ao
aludir aos pilares da docência no ensino superior, eu chamo à
atenção dois aspectos chave: primeiro, as bases constituintes da
docência no ensino superior, tal como as colunas bem ferramentadas e
bem cimentadas que sustentam uma edificação,sem as quais a sua
estrutura enfraquece, ou seja, o exercício docente torna-se
inadequado; e segundo, que o conteúdo aqui apresentado não exaure o
tema investigado, consistindo naquilo que o autor considera o mais
importante e necessário no processo de investigação científica,
deixando, desse modo, margem para ulteriores aprofundamentos.
REFERÊNCIAS
ALVES, Paulo Afonso da Cunha; LOCCO, Leila de Almeida de. Legislação educacional. Curitiba: IESDE BRASIL SA, 2009. 196p. ISBN 978-85-387-0979-4. Disponível em <http://uab.ufac.br/B881D72A-DD1C-4A90-BB7C-6F468717DC99/Final/Download/DownloadId-B8AF7FA2B9BEB1EF184F501B822FC9D/B881D72A-DD1C-4A90-BB7C-6F468717DC9 9/moodle/pluginfile.php/15568/mod_resource/content/1/legislacao educacio nal_ped_online.pdf>. Acessado em 09 de setembro de 2015 às 09h57.
BRANDT, Célia Finck; LAROCCA, Priscila Larocca. Mudanças nos projetos de pesquisa de mestrandos: uma contribuição para a formação de pesquisadores. Revista Brasileira de Pós Graduação. RBPG. Brasília. Volume 6. Número 11. Páginas 144-171.Dezembro de 2009.
BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil _03/Leis/L9394.htm>. Acessado em 26 de outubro de 2015 às 11h46.
______. Lei 12.772,
de 28 de dezembro de 2012. Dispõe sobre a estruturação do Plano de
Carreiras e Cargos de Magistério Federal; e dá outras providências.
Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12772.htm>. Acessado em 26 de outubro de 2015 às 11h48.
______. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. PROEX: Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (FORPROEX). 2015. Disponível em <http://www.uel.br/proex/?content=for proex.htm>. Acessado em 26 de outubro de 2015 às 15h42.
______. REDE NACIONAL DE EXTENSÃO. Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (FORPROEX). 2015. Disponível em <http://www.renex.org.br/index.php?option=com content& view=article&id=34&Itemid=18>. Acessado em 26 de outubro de 2015 às 15h48.
CARVALHO, Djalma Pacheco de. A nova lei de diretrizes e bases e a formação de professores para a educação básica. Banco de dados Scielo. São Paulo: CIEDU, 2008. 10 p. Disponível em <http://www.scielo.br/ pdf/ciedu/v5n2/a08v5n2>. Acessado em 09 de setembro de 2015 às 09h51.
COSTA, Ana Ludmila F.; COELHO-LIMA, Fellipe; COSTA, Joyce Pereira da; SEIXAS, Pablo de Souza; YAMAMOTO, Oswaldo Hajime. Internacionalização da pós-graduação em Psicologia: estudo comparativo dos cursos de doutorado no Brasil e na Espanha. Revista Brasileira de Pós Graduação. RBPG. Brasília. Volume 11. Número 25. Páginas 789-818. Setembro de 2014.
COSTA, Francisco José; SOUZA, Socorro Cláudia Tavares de; SILVA, Anielson Barbosa. Um modelo para o processo de orientação na pós-graduação. Revista Brasileira de Pós Graduação. RBPG. Brasília. Volume 11. Número 25. Páginas 823-852. Setembro de 2014.
DIAS, Ana Maria Iorio. Discutindo caminhos para a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Revista Brasileira de Docência, Ensino e Pesquisa em Educação Física. Volume 1. Número 1. Páginas 37-52. Agosto de 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 36.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 1999. 206 p.
_____________. Como elaborar projetos de pesquisa. 5ª edição. São Paulo: Atlas,
2010. 184p.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 6ª edição. São Paulo: Atlas, 2007. 289p.
MARRARA, Thiago; RODRIGUES, Jonas de Almeida. Medidas de internacionalização e o uso de idiomas estrangeiros nos programas de pós-graduação brasileiros. Revista Brasileira de Pós Graduação. RBPG. Brasília. Volume 6. Número 11. Páginas 121-143. Dezembro de 2009.
MOCELIN, Daniel Gustavo. Concorrência e alianças entre pesquisadores: reflexões acerca da expansão de grupos de pesquisa dos anos 1990 aos 2000 no Brasil. Revista Brasileira de Pós Graduação. RBPG. Brasília. Volume 6. Número 11. Páginas 35-64. Dezembro de 2009.
MOITA, Filomena M. G. da Silva; ANDRADE, Fernando C. Bezerra. Ensino-pesquisa-extensão: um exercício de indissociabilidade na pós-graduação. Revista Brasileira de Educação. Volume 14. Número 41. Maio/agosto de 2009. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v14n41/v14n41a06.pdf>. Acessado em 26 de outubro de2015 às 14h26.
MORAES, Reginaldo C. Correa de. Universalidade hoje: ensino, pesquisa e extensão. Revista Educação e Sociedade. Disponível em <http://www. educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/veiculos_de_comunicacao/EDS/VOL19N63/EDS_DOSSIE19N63_2.PDF>. Acessado em 26 de outubro de 2015 às 14h46.
MORAN, Robert T; HARRIS, Philip R.; STRIPP, William G.. Desenvolvendo
organizações globais: como preparar sua empresa para a competição mundial.
Tradução Cristina Bazán. São Paulo: Futura, 1996. 368 p.
SOUZA, Jesus Maria Angélica Fernandes. Professor de outrora e professor de agora: rumo à profissionalidade docente. ELO: revista do Centro de Formação Francisco de Holanda. Portugal: ELO, 2013. Páginas 125-135. Disponível em <www3.uma.pt/.../70. Professor%20de%20outrora%20e%20professor%20...>. Acessado em 24 de outubro de 2015 às 10h12.
Muito obrigado pelo blogger
ResponderExcluir