Fonte 1: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=11472
CONCEITOS DE
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO - MEC
A
definição de superdotação que consta nas Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica (Ministério da Educação, 2001) e que é adotada por
alguns programas brasileiros, considera crianças superdotadas e talentosas as que
apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos
seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral,
aptidão acadêmica específica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de
liderança, talento especial para as artes e capacidade psicomotora.
Gardner
(1995) relaciona superdotação à manifestação das várias inteligências de um
indivíduo e enfatiza a capacidade de resolver problemas e de elaborar produtos.
Ele organiza a inteligência em oito blocos: inteligência lingüística, que é um tipo
de inteligência apresentada pelos poetas; inteligência lógico-matemática, que é
a capacidade lógica em matemática e a capacidade científica; inteligência
espacial, que é a capacidade de formar um modelo mental de um mundo espacial e
ser capaz de manobrar e operar utilizando este modelo; inteligência musical;
inteligência sinestésica, que é a capacidade de resolver problemas ou elaborar
produtos utilizando o corpo inteiro ou partes; inteligência interpessoal, que é
a capacidade de compreender outras pessoas; inteligência intrapessoal, que é a capacidade
de compreender a si mesmo; a inteligência naturalista diz respeito à habilidade
de ver padrões complexos no ambiente natural; inteligência existencial ou
espiritualista que se refere a coisas espirituais e existenciais, como a vida, a
morte e as realidades supremas.
Para
Gardner o indivíduo pode ser promissor em uma dessas inteligências e não
apresentar um desempenho tão bom em outra. Este autor afirma que todos os
indivíduos possuem todas as inteligências em algum grau, mas certos indivíduos
são considerados promissores em uma inteligência e outros indivíduos não. Superdotados,
então, são pessoas bem-dotadas com as capacidades e habilidades essenciais
daquela inteligência.
Gardner
incorporou, ainda, à sua proposta teórica, o aspecto motivação, que diz respeito
a um intenso envolvimento no trabalho e um grande prazer em sua realização.
Neste sentido, são considerados, também, atributos de personalidade essenciais
para um bom desempenho em uma área específica de atuação: persistência,
autoconfiança e coragem para correr riscos.
Entretanto,
Renzulli e Reis (1997) fazem uma distinção entre ser superdotado, um conceito
absoluto e em poder desenvolver comportamentos de superdotação, um conceito
relativo que pode variar em graus de comportamentos de superdotação que podem
ser desenvolvidos em algumas pessoas, em certo tempo e sob certas
circunstâncias (p.73).
Assim,
propõem uma concepção de superdotação denominada concepção dos três anéis, que
afirma ser a superdotação é o resultado da interação de três fatores de
comportamento:
(1)
Habilidade acima da média envolvendo duas dimensões:
a)
habilidades gerais, que consistem na capacidade de processar informações, de
integrar experiências que resultem em respostas apropriadas e adequadas a novas
situações e na capacidade de se engajar em novas situações e;
b)
habilidades específicas, que consistem na capacidade de adquirir conhecimento,
prática e habilidades para atuar em
uma ou mais
atividades de uma área específica.
(2)
Motivação ou envolvimento com a tarefa, refere-se a uma forma refinada e
direcionada de motivação, uma energia canalizada para uma tarefa em particular
ou uma área específica. Algumas palavras
freqüentemente usadas para definir o envolvimento com a tarefa são
perseverança, persistência, trabalho duro, dedicação e autoconfiança e;
(3)
Criatividade, envolvendo aspectos que geralmente aparecem juntos na literatura:
fluência, flexibilidade e originalidade de pensamento e, ainda, abertura a
novas experiências, curiosidade, sensibilidade e coragem para correr riscos. De acordo com essa concepção, a criatividade
não está, exclusivamente, relacionada à área artística, mas a qualquer área de
interesse do aluno. Acredita-se que o desenvolvimento da criatividade e da
motivação dentro da área de interesse e ou de habilidade do estudante, vem
ampliar as possibilidades de que o aluno venha a ter sucesso e satisfação
pessoal.
É
importante ressaltar que, nesta definição, os três anéis não precisam estar
presentes ao mesmo tempo e nem na mesma intensidade, mas é necessário que
interajam em algum grau para que possa resultar em um alto nível de produtividade.
O importante é que se trabalhe para buscar um equilíbrio entre eles buscando-se
aprofundar os comportamentos e habilidades já evidentes e desenvolver outros
comportamentos necessários para o sucesso na área de habilidade.
REFERÊNCIAS:
GARDNER,
H. (1995). Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes
Médicas.
MINISTÉRIO
DA EDUCAÇÃO (2001). Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica - Resolução nº 02 de 11 de setembro de 2001.
RENZULLI,
J.S. & REIS, S.M. (1997). The schoolwide
enrichment model: A how-to guide for educational excellence (2ª ed.). Mansfield
Center, CT: Creative Learning Press. Portal MEC - Sitio SEESP
http://portal.mec.gov.br/seesp Fornecido
por Joomla! Produzido em: 21 November, 2007, 17:53
Educação ajustada à realidade
ResponderExcluirA partir do momento em que ficou cientificamente comprovado que nascermos com um acervo de experiências trazidas pela ”consciência”, ou alma ou espírito, surgiu o enorme desafio de se ajustar a educação a esta realidade.
Até recentemente ocorriam casos esporádicos de genialidades precoces na música, matemática, física, pintura, literatura, e outras áreas e que eram registrados como ocorrências inexplicáveis e ficava por isso mesmo.
Felizmente, entretanto, a educação dos filhos mudou no sentido de se dar mais liberdade a eles, seja pelo gradativo desaparecimento da família tradicional, pela libertação das mulheres do jugo de maridos autoritários, pela diminuição da influência dos pais na educação dos filhos, pela sociabilização precoce, e outros fatores relevantes, que viabilizaram uma educação mais racional.
Associado a esse conjunto de alterações, surgiu o desenvolvimento da informática, área pouco dominada pelos adultos e que ficou aberta para os jovens. Houve, então, uma inversão de valores e eles passaram a prestar assessoria aos avós e, muitas vezes, aos próprios pais.
Constata-se que agora os jovens não somente se destacam precocemente nesta área, como estão assumindo empreendedorismos impensáveis até recentemente.
Entende-se o quanto de frustração sofreram as gerações passadas, e justifica-se a rebeldia de uma juventude tolhida no seu desenvolvimento. Tolhimento que a escola tradicional ainda pratica, infelizmente,
Ter consciência do problema é o primeiro passo para se ter soluções.
Texto transcrito do site www.vidacomqualidade.net
Primeiramente, agradeço seus enriquecedores comentários, Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro. Concordo com você que as gerações atuais encontram-se inseridas em um contexto socioeconômico cujas características se revelam demasiadamente dessemelhantes quando comparadas ao contexto das gerações anteriores. Após a geração Baby Boomers, proveniente dos nascidos na década de 1950, a geração X, proveniente dos nascidos na década de 1960, da geração Y, proveniente dos nascidos na década de 1980, e da Z , proveniente dos nascidos na virada do século XX para o século XXI, nós presenciamos atualmente o aparecimento de uma geração ainda mais dinâmica, denominada Geração Alfa , proveniente dos nascidos a partir do ano 2010.
ResponderExcluirÉ digno de nota que com os avanços científicos e tecnológicos, as gerações precisam acompanhar as mudanças ocorridas na sociedade. A competitividade promovida pelo sistema capitalista provoca o dinamismo nas várias esferas sociais, culminando na aceleração do desenvolvimento acadêmico, profissional e social das gerações mais recentes. Desse modo, é apenas natural que nos deparemos com indivíduos cada vez mais capazes e competitivos.
Dentro do contexto educacional, a identificação dos indivíduos considerados superdotados sofre todas essas influências advindas das constantes e cada vez mais rápidas mudanças sociais, tornando-se cada vez mais difícil apontar quem de fato é mais capaz em termos de inteligência, cognição ou aptidão. Nesse caso, fazem-se necessárias atitudes mais concretas no sentido de construir mecanismos mais eficazes para identificar tal parcela de educandos bem como de métodos que favorecem o processo de sua inclusão. Os procedimentos de identificação da capacidade humana também precisam, indubitavelmente, acompanhar as mudanças sociais.
Carlos, por ora é só. Eu gostei muito dos seus comentários e gostaria de conversar mais à vontade com você sobre esse assunto. Se você puder me adicionar no Facebook, solicito que o faça; também aceito receber mensagens pelo meu e-mail pessoal: alaze_p7sd8sin5@yahoo.com.br. Até mais. Abraços!!!
1-http://sonoticiaboa.band.uol.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=476:geracoes-x-y-z-e-baby-boomers-em-qual-tribo-voce-se-encaixa&catid=63:bem-&Itemid=31
2- http://tribunadeanapolis.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3852:voce-conhece-a-geracao-alfa&catid=162:comportamento