quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SUPERDOTAÇÃO SEGUNDO O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC/BRASIL

Blog “Genialidade e Superdotação”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.

Disponível em http://genialidadeesuperdotacao.blogspot.com/


 

SUPERDOTAÇÃO, UM MITO A SER QUEBRADO – MEC

Terça-feira, 28 de outubro de 2008 - 14:35



Estudos internacionais demonstram que o porcentual de crianças superdotadas ou com altas habilidades varia de 10% a 15%. No Brasil, as estatísticas apontam um número menor, devido às dificuldades de identificação que ocorrem nas escolas. Em 2008, foram identificados, até o mês de outubro, 2.100 alunos com altas habilidades. “Aqui a superdotação é encarada como um mito. As pessoas pensam em supergênios ou heróis quando, na verdade, é um fato comum e corriqueiro”, explica Marta Clarete Dutra, coordenadora de articulação de políticas de inclusão junto aos sistemas de ensino do Ministério da Educação.

Atualmente, o ministério trabalha para facilitar a identificação dos alunos com altas habilidades e, então, desenvolver melhor seus talentos. O desafio é desmitificar a figura do superdotado e identificar a superdotação como característica presente em muitos alunos. “É comum que haja estudantes com altas habilidades em determinada área de conhecimento e déficit em outra”, reitera Marta Dutra. Todos os estados brasileiros possuem um Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS) que atuam com alunos matriculados na rede regular de ensino que tenham indicativo de altas habilidades ou superdotação.

A ação dos NAAHS é estruturada em três vias: atendimento ao professor, ao aluno e à família. Ao professor, são dadas orientações tanto para a identificação dos estudantes quanto para melhor inserção deles em sala de aula. Já à família, são dadas instruções para que não haja a construção de expectativas que, a longo prazo, comprometem o desenvolvimento emocional das crianças. “As famílias acabam por pressionar os estudantes com suas próprias expectativas e os núcleos ajudam-nos a lidar com isso”, ressalta Marta Dutra.

A temática das altas habilidades é o foco de um evento internacional que começa nesta terça-feira, 28, às 18h, no campus Paraíso da Universidade Paulista (Unip). O objetivo do evento, que vai até amanhã, 29, é levantar o debate entre professores das redes pública e privada.


Ana Guimarães


Fonte 1: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=11472


 

CONCEITOS DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO - MEC


A definição de superdotação que consta nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Ministério da Educação, 2001) e que é adotada por alguns programas brasileiros, considera crianças superdotadas e talentosas as que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica específica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial para as artes e capacidade psicomotora.

Gardner (1995) relaciona superdotação à manifestação das várias inteligências de um indivíduo e enfatiza a capacidade de resolver problemas e de elaborar produtos. Ele organiza a inteligência em oito blocos: inteligência lingüística, que é um tipo de inteligência apresentada pelos poetas; inteligência lógico-matemática, que é a capacidade lógica em matemática e a capacidade científica; inteligência espacial, que é a capacidade de formar um modelo mental de um mundo espacial e ser capaz de manobrar e operar utilizando este modelo; inteligência musical; inteligência sinestésica, que é a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos utilizando o corpo inteiro ou partes; inteligência interpessoal, que é a capacidade de compreender outras pessoas; inteligência intrapessoal, que é a capacidade de compreender a si mesmo; a inteligência naturalista diz respeito à habilidade de ver padrões complexos no ambiente natural; inteligência existencial ou espiritualista que se refere a coisas espirituais e existenciais, como a vida, a morte e as realidades supremas.

Para Gardner o indivíduo pode ser promissor em uma dessas inteligências e não apresentar um desempenho tão bom em outra. Este autor afirma que todos os indivíduos possuem todas as inteligências em algum grau, mas certos indivíduos são considerados promissores em uma inteligência e outros indivíduos não. Superdotados, então, são pessoas bem-dotadas com as capacidades e habilidades essenciais daquela inteligência.

Gardner incorporou, ainda, à sua proposta teórica, o aspecto motivação, que diz respeito a um intenso envolvimento no trabalho e um grande prazer em sua realização. Neste sentido, são considerados, também, atributos de personalidade essenciais para um bom desempenho em uma área específica de atuação: persistência, autoconfiança e coragem para correr riscos.

Entretanto, Renzulli e Reis (1997) fazem uma distinção entre ser superdotado, um conceito absoluto e em poder desenvolver comportamentos de superdotação, um conceito relativo que pode variar em graus de comportamentos de superdotação que podem ser desenvolvidos em algumas pessoas, em certo tempo e sob certas circunstâncias (p.73).

Assim, propõem uma concepção de superdotação denominada concepção dos três anéis, que afirma ser a superdotação é o resultado da interação de três fatores de comportamento:


(1) Habilidade acima da média envolvendo duas dimensões:


a) habilidades gerais, que consistem na capacidade de processar informações, de integrar experiências que resultem em respostas apropriadas e adequadas a novas situações e na capacidade de se engajar em novas situações e;

b) habilidades específicas, que consistem na capacidade de adquirir conhecimento, prática e habilidades para atuar em

uma ou mais atividades de uma área específica.

(2) Motivação ou envolvimento com a tarefa, refere-se a uma forma refinada e direcionada de motivação, uma energia canalizada para uma tarefa em particular ou uma área específica.  Algumas palavras freqüentemente usadas para definir o envolvimento com a tarefa são perseverança, persistência, trabalho duro, dedicação e autoconfiança e;


(3) Criatividade, envolvendo aspectos que geralmente aparecem juntos na literatura: fluência, flexibilidade e originalidade de pensamento e, ainda, abertura a novas experiências, curiosidade, sensibilidade e coragem para correr riscos.  De acordo com essa concepção, a criatividade não está, exclusivamente, relacionada à área artística, mas a qualquer área de interesse do aluno. Acredita-se que o desenvolvimento da criatividade e da motivação dentro da área de interesse e ou de habilidade do estudante, vem ampliar as possibilidades de que o aluno venha a ter sucesso e satisfação

pessoal.


É importante ressaltar que, nesta definição, os três anéis não precisam estar presentes ao mesmo tempo e nem na mesma intensidade, mas é necessário que interajam em algum grau para que possa resultar em um alto nível de produtividade. O importante é que se trabalhe para buscar um equilíbrio entre eles buscando-se aprofundar os comportamentos e habilidades já evidentes e desenvolver outros comportamentos necessários para o sucesso na área de habilidade.


REFERÊNCIAS:


GARDNER, H. (1995). Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (2001). Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica - Resolução nº 02 de 11 de setembro de 2001.

RENZULLI, J.S. & REIS, S.M. (1997). The schoolwide enrichment model: A how-to guide for educational excellence (2ª ed.). Mansfield Center, CT: Creative Learning Press. Portal MEC - Sitio SEESP

http://portal.mec.gov.br/seesp Fornecido por Joomla! Produzido em: 21 November, 2007, 17:53


2 comentários:

  1. Educação ajustada à realidade

    A partir do momento em que ficou cientificamente comprovado que nascermos com um acervo de experiências trazidas pela ”consciência”, ou alma ou espírito, surgiu o enorme desafio de se ajustar a educação a esta realidade.

    Até recentemente ocorriam casos esporádicos de genialidades precoces na música, matemática, física, pintura, literatura, e outras áreas e que eram registrados como ocorrências inexplicáveis e ficava por isso mesmo.

    Felizmente, entretanto, a educação dos filhos mudou no sentido de se dar mais liberdade a eles, seja pelo gradativo desaparecimento da família tradicional, pela libertação das mulheres do jugo de maridos autoritários, pela diminuição da influência dos pais na educação dos filhos, pela sociabilização precoce, e outros fatores relevantes, que viabilizaram uma educação mais racional.

    Associado a esse conjunto de alterações, surgiu o desenvolvimento da informática, área pouco dominada pelos adultos e que ficou aberta para os jovens. Houve, então, uma inversão de valores e eles passaram a prestar assessoria aos avós e, muitas vezes, aos próprios pais.

    Constata-se que agora os jovens não somente se destacam precocemente nesta área, como estão assumindo empreendedorismos impensáveis até recentemente.

    Entende-se o quanto de frustração sofreram as gerações passadas, e justifica-se a rebeldia de uma juventude tolhida no seu desenvolvimento. Tolhimento que a escola tradicional ainda pratica, infelizmente,

    Ter consciência do problema é o primeiro passo para se ter soluções.

    Texto transcrito do site www.vidacomqualidade.net

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  2. Primeiramente, agradeço seus enriquecedores comentários, Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro. Concordo com você que as gerações atuais encontram-se inseridas em um contexto socioeconômico cujas características se revelam demasiadamente dessemelhantes quando comparadas ao contexto das gerações anteriores. Após a geração Baby Boomers, proveniente dos nascidos na década de 1950, a geração X, proveniente dos nascidos na década de 1960, da geração Y, proveniente dos nascidos na década de 1980, e da Z , proveniente dos nascidos na virada do século XX para o século XXI, nós presenciamos atualmente o aparecimento de uma geração ainda mais dinâmica, denominada Geração Alfa , proveniente dos nascidos a partir do ano 2010.
    É digno de nota que com os avanços científicos e tecnológicos, as gerações precisam acompanhar as mudanças ocorridas na sociedade. A competitividade promovida pelo sistema capitalista provoca o dinamismo nas várias esferas sociais, culminando na aceleração do desenvolvimento acadêmico, profissional e social das gerações mais recentes. Desse modo, é apenas natural que nos deparemos com indivíduos cada vez mais capazes e competitivos.
    Dentro do contexto educacional, a identificação dos indivíduos considerados superdotados sofre todas essas influências advindas das constantes e cada vez mais rápidas mudanças sociais, tornando-se cada vez mais difícil apontar quem de fato é mais capaz em termos de inteligência, cognição ou aptidão. Nesse caso, fazem-se necessárias atitudes mais concretas no sentido de construir mecanismos mais eficazes para identificar tal parcela de educandos bem como de métodos que favorecem o processo de sua inclusão. Os procedimentos de identificação da capacidade humana também precisam, indubitavelmente, acompanhar as mudanças sociais.
    Carlos, por ora é só. Eu gostei muito dos seus comentários e gostaria de conversar mais à vontade com você sobre esse assunto. Se você puder me adicionar no Facebook, solicito que o faça; também aceito receber mensagens pelo meu e-mail pessoal: alaze_p7sd8sin5@yahoo.com.br. Até mais. Abraços!!!

    1-http://sonoticiaboa.band.uol.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=476:geracoes-x-y-z-e-baby-boomers-em-qual-tribo-voce-se-encaixa&catid=63:bem-&Itemid=31
    2- http://tribunadeanapolis.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3852:voce-conhece-a-geracao-alfa&catid=162:comportamento

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